Nesta proposta foi proposto que projectássemos um centro náutico para a zona das Docas de Alcântara cuja primeira fase consistia em elaborar uma proposta de urbanismo para o mesmo local. No sucessivo reajustamento das Docas, acabou por surgir um edifício curvo perto da zona de implantação do edifício. Tendo em vista a tentativa de criação de uma harmonia entre elementos, repliquei ao longo do meu projecto a curva existente, tornando-a assim, o elemento arquitectónico de mais destaque. A curva aparece numa tentativa de relacionar a pessoa que habita o espaço com a água e o Rio Tejo.

A partir daí o edifício desenvolve-se através de um corredor de acessos, cuja principal função é direccionar as pessoas e persuadi-las a percorrer o mesmo sem que este se torne demasiado extenso e aborrecido. Esta variação de sentimentos resulta da mudança de pés direitos, materialidade, dinâmica dos pilares (tamanho, distância entre eles…). Esse núcleo de acessos pode direccionar as pessoas tanto para espaços como a Sala Polivalente como o Armazém de Barcos.

Em termos de organização espacial, as funções foram colocadas com o intuito de poder desenvolver diversas características específicas. Enquanto umas podem eventualmente estar desconectadas do edifício, como a Sala Polivalente ou o Restaurante no piso inferior (tendo portas para o exterior), outras privam por ter um exclusivo acesso pelas pessoas que podem habitar o espaço, como as habitações colectivas, salas de aula, armazém de barcos (estes são espaços que apesar de poderem ter um fácil acesso, para o seu encontro tem de existir uma entrada no edifício.